12/05/2008

Soneto Sentimental à Cidade de São Paulo


Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta! - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia

Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e frígida.

Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera

Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?

Vinicius de Moraes

7 comentários:

  1. Anônimo10:47 PM

    Legal o poema aí amigo!

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  2. Eu simplesmente AMO a cidade que eu moro..... São Paulo

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  3. São Paulo conheço por fotos
    e agora, muitos carros e congestionamentos via jornais televisivos...

    Há quem goste, claro.
    a terrinha que a gente nasce é um botão que brotamos bem cedo.

    beijo!

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  4. Anônimo11:46 PM

    Ta massa! Agora faz um pra minha querida terra, o Piauí.ok?rs..

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  5. A cidade que não para
    A cidade de todos
    A cidade da noite
    A cidade do samba, do rock, do axé

    Essa é São Paulo, a terra da gároa!

    gostei do poema

    bom, bom, bom!

    Vinicius de moraes né?

    a foto ta bonta também


    essa selva de pedra que tanto me orgulho

    abraços

    http://urbantripbr.blogspot.com/

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  6. Selva de Pedra, boa definição!
    Mas, selvas a parte...
    Meu Rio também é tudo de bom!

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  7. Vinícius né..
    um dos melhores que o Brasil já teve.
    Pena que não é tão valorizado pela nossa sociedade..

    Passa lá:
    And I Said Goddamn!

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