Há sol lá fora
há crianças brincando
há trabalho a ser feito
há vida transbordando do sol;
Há vento lá fora
cabelos negros esvoaçando
saias insistindo
em mostrar o que deveriam esconder;
Há cheiro de fumaça
de ônibus lotado de gente
de gente lotada de vida
de vida repleta de esperança;
Há cães fiéis aos seus donos
há donos fiéis aos seus cães
gatos sobre telhados
armando o bote nos passarinhos;
Há Igrejas enormes e vazias
há prisões pequenas e lotadas
há malandro espreitando ingênuos
há ingênuos perdidos em devaneios
Na penumbra de meu quarto escuro
tudo ouço
tudo sinto
mas não participo
Me furto de haver.
EDNALDO TORRES FELICIO
bacana...
ResponderExcluirhttp://500x100.blogspot.com/
Lindo demais o poema. Tem sentimento. Emoção. Alma.
ResponderExcluirHá uma vivencia apenas sonhada...
ResponderExcluirhttp://o-morango.blogspot.com/
Bonito
ResponderExcluirHá de haver um modo de transformar esse verbo.
ResponderExcluirGostei muito, Ednaldo, poema de ótima qualidade! Como sou professora, penso até em usá-lo em sala de aula! Beijos e sucesso!
ResponderExcluir