"Detesta o patrão no emprego,
Sem ver que o patrão sempre esteve em você"
RAUL SEIXAS
Quantas vejas sou cruel comigo a ponto de me tornar pequeno?
Quantas vezes coloco o dedo na ferida só para ter sangue pra lamber?
E o fórceps que usei para sair do útero onde me ocultava?
Quantas vezes é água ardente que coloco em minhas chagas?
Quantas vezes é medo e ódio (misturados) o que vejo no espelho?
Quanto de mim boicota o "eu" que posso ser?
Onde, em que ponto de minha mente, está o grande censor de mim?
Onde guardo minhas imperfeições para não sabê-las humanas?
De onde Diabos, tirei a idéia de que sou Deus
e que Deus não pode errar?
Como, afinal, terminar este... (poema?) ?
É preciso mesmo terminá-lo?
...?
EDNALDO TORRES FELÍCIO
26/07/07
02:08
26/07/07
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