31/12/2010

feliz ano novo


Morava sozinho, vivia sozinho e como não podia ser diferente, passava o Reveillón sozinho.

A dor da solidão ficava aguda e feria-lhe o peito especialmente nos dez minutos após a meia-noite, quando os fogos gritavam pela janela e as pessoas se abraçavam pelas ruas, fazendo-o aumentar o volume do DVD.

Feliz Ano-Novo.

29/12/2010

4:42hs


4:42hs

O bebê engatinha em direção ao rabo do cachorro, que olha desconfiado.

Sentado ao computador (ou à mesa dele hehehe) penso o quanto estou agradecido ao mundo pela Vida.

Há uma paz de primavera em minha casa.

Minha esposa dorme silenciosa em posição fetal.

Devo tudo a ela. Ela deve tudo a mim.

Devemos tudo ao cachorro, ao bebê e à Vida.

Nosso ecossistema está completo.

Raul (o Bebê) veio oxigenar as plantas, fermentar o pão, espalhar amor na corrente sanguínea.

Quando ele estava na barriga da mãe, sabia que iria amá-lo, mas não imaginava que esse amor fosse uma cachoeira, um jorro, uma explosão.

Meu peito se abre e eu o acolho. O envolvo com uma energia azulada.

Tem tanto de mim nele, tanto de mãe e ele é uma pessoa completamente diferente de nós.

Como não crer em Deus ao vê-lo descobrir o mundo, desenvolver habilidades simples de um ser humano tais como: andar, segurar um objeto, falar...?

Não creio no Deus das Igrejas, mas nesse Deus de mim que faz meu peito inchar de alegria e amor. Tanto amor não sou eu, é mais do que sou, é além. É Deus.

Olhar meu filho brincando com seus quadrados coloridos é estar em comunhão com Deus.

Escrever esse texto de madrugada é uma prece. Uma prece de louvor e agradecimento. A Deus, á Vida.

Meu filho, Raul.

EDNALDO TORRES FELÍCIO
4:51hs
29/12/2010

P.S.: Como de bobo meu cachorro não tem nada, fugiu antes que o bebê alcançasse-lhe o rabo.

;-)

20/12/2010

medidas


MEDIDAS
(para meu amigo Sylvio Passos)

Tenho um sofá
que é o único a ver meu choro
quando penduro a máscara de sorriso
ao chegar das Ruas Augustas
cheirando whisky.

Ele é meu guia
em meus pesadelos
ele é meu censor, gestor, carrasco
e amigo.

Mostra meus erros
e me consola depois do jarro de lágrimas
alisa meus cabelos
e me põe pra dormir
dizendo no seu mutismo de sofá:
"shiiiii amanhã é outro dia."

Tenho um sofá
que é o único a ver meu choro,
meus medos, minhas aflições.

Tenho um sofá
que me acorda no dia seguinte

porque não é confortável.

28/11/2010

OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO

Este post é dedicado ao companheiro Bemvindo Sequeira, que ontem leu este belo poema em sua twittcam e percebeu que Vinícius foi profético, que ao escrever OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO , Vinícius previa o Lula, nosso TORNEIRO PRESIDENTE.






Operário em Construção
Vinicius de Moraes

Era ele que erguia casas
Onde antes so' havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Nao sabia por exemplo
Que a casa de um homem e' um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa quer ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pa', cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com sour e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento

Alem uma igreja, à frente
Um quatel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Nao fosse eventuialmente
Um operário em contrucão.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
`A mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma subita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operario em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Nao sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua propria mao
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que nao havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu tambem o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele nao cresceu em vão
Pois alem do que sabia
- Excercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edificio em construção
Que sempre dizia "sim"
Comecam a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que nao dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pes andarilhjos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução

Como era de se esperar
As bocas da delação
Comecaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão nao queria
Nenhuma preocupação.
- "Convencam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.

Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se subito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vao sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porem, por imprescindivel
Ao edificio em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Nao dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobra-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Sera' teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Nao ves o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Nao podes dar-me o que e' meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um siêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silencio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arratarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperanca sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razao porem que fizera
Em operário construido
O operário em construção

07/10/2010

Sabe por que amo o Corinthians?
Porque aprendi com meu pai.
Meu pai, hj com Alzheimer, 85 anos nas costas, fez promessa de só cortar o cabelo quando o Timão fosse campeão nos anos de fila.
Cortou o cabelo em 77 sorrindo.
meu pai, com quem eu via jogos na TV
Meu pai, com quem eu ouvia jogos no rádio.

Sofri e comemorei com o velho.

Hj ele mal me reconhece, mas lembra do Corinthians.

Fala tanto do Riva quanto do Ronaldo.

Amo meu pai e amo o Corinthians.

O Corinthians é minha história, é minha vida é meu amor.

Assim como meu pai. Assim como minha filha que vai no Paca comigo desde que tinha uns 5 aninhos e com 13 chorou a eliminação da Libertadores como chorou a subida da segunda.

Não tenho esperanças na cura do meu. O Alzheimer dele não tem cura.

Hj perdi a esperanças no título desse ano.

Escrevo isso chorando.

Estou triste.

Obrigado novamente ao dono do tópico.

Achei que era só eu quem estava triste com o jogo de hj

a frustração venceu a esperança

26/08/2010

entre. e fique à vontade (2)
















Entre.
Abra seu coração e permita-se sentir.

Estou aqui e aí dentro de você.
Apascento seus pesadelos e nino teus sonhos.
Teus sonhos mais belos.

Está aqui e também dentro de você toda minha luz.
Não tenha medo, o escuro são apenas olhos fechados.

Nem mesmo o elefante e sua imponência têm minha majestade
Nem mesmo o vento e sua liberdade tem minha amplidão.

Minhas palavras estão em você, pois te fiz imagem e semelhança minha logo após inventar o dia e a noite.

Olhe para dentro de sí, em seu íntimo
E você me verá.

Tua aorta
Miocárdio
Angina
Tua alma

Em tudo teu tem algo meu

Prazer, você me chama Deus.

Está pronto para Me ouvir?



EDNALDO TORRES FELÍCIO



entre. e fique à vontade

















"Somos, cada vez mais, os nossos defeitos, não nossas qualidades."
José Saramago



Entre.
Abra as portas de sua mente e permita-se deixar sentir.

Estou aqui.
Estão aqui meus sonhos e pesadelos.
Os mais belos e os mais nojentos.

Estão aqui meu escuro e a luz falsa que faço brilhar pra você me ver.
Queria te atrair pela minha escuridão, mas você fugiria.

Sou um pavão com penas faltantes, tal qual um sorriso banguela de um velho ancião.

Entre e deixe que minhas palavras entrem em ti.
Sinta o contacto físico de meu cérebro pegajoso através de seus olhos
o teu pensamento, sou eu quem está guiando
(pelo menos enquanto você me lê).

Entre.
Escancare-se.
Entrarei em ti.
Pelo cerebelo.
Pelo córtex.
Pela áurea.

Entre.


Prazer, sou Lúcifer.


EDNALDO TORRES FELÍCIO

08/08/2010

REHAB

Sabe aquela música da Amy Winehouse em que ela diz que tentaram interna-la numa clínica e ela disse: "não, não, não"?

Pois é, colocamos meu pai numa clínica (de repouso) e ele nem pode dizer "não não não". E se disse, ensurdecemos nossos ouvidos.

Na verdade, a Vida e o Tempo, esse casal maluco que tudo atropela, não nos deu chance de falar "não não não" e se falamos, de surdo se fizeram Tempo e Vida.

Meu velho não suportou o peso do Tempo. Lembrando Drumond, os ombros do meu pai suportaram o mundo, mas sua mente pediu licença e, em intervalos cada vez menores, foi se afastando de seu corpo e da realidade.

Tentamos enganar o tempo. Enchemos a casa de meu pai de rampas, barras, apoios... mas o Tempo, senhor da Vida, é uma locomotiva louca e sem maquinista... quem engana essa máquina desgovernada?

A doença de meu pai não tem cura. Cada vez ele se lembrará menos do recente, cada vez se ausentará mais do presente e seu corpo será um barco à deriva. Como cuidar de um barco no redemoinho se ainda somos apenas canoas?

Coloquei meu pai numa clínica. Fingi que não ouvi seus "não não não".

Ser forte é fazer o necessário, fazer o que ninguém tem coragem de fazer.

Coloquei meu pai numa clínica e mesmo que eu tenha dito "não não não", dei as costas, limpei os olhos e dirigi meu carro.

O Tempo e a Vida nem se deram conta. Eles continuam assim como nós, de uma forma ou de outra...

Feliz Dia dos Pais, meu Grande Velho Francisco.

25/07/2010

pai. te amo.

eu não sabia que doía tanto, uma mesa num canto uma sala um jardim...

(no dia de hoje decidimos que o melhor é internar o meu pai numa clínica de repouso. É o melhor para ele.)

15/06/2010

Homens podem chorar (ou a derrota do Brasil na Copa de 1982)

Em 1982 o Brasil tinha um time maravilhoso e ainda assim foi eliminado da Copa pela Itália, perdendo de 3x2.

Tinha eu 7 anos.

Lembro que quando acabou o jogo contra a Itália, as lágrimas encheram meus olhos e eu saí correndo pelo quintal para que meu irmão, 6 anos mais velho que eu, não repetisse o que ele sempre ouvira de meu pai: "Homem não chora, moleque".

Era uma tarde de ensolarada, minha mãe havia lavado lençóis e cobertores e eles secavam no varal. Esconder-me por lá, entre cheiros de roupa limpa, era o mais perto que eu podia ter de um afago materno (ela também diria - como disse tantas outras vezes durante minha vida - que meus sentimentos eram tolices), e ali, entre os lençóis que ela havia lavado, me sentia entre seus braços, com seu cheiro de mãe, me protegendo.

De repente, entre as frestas dos lençóis, vi sentado na porta da cozinha, se escondendo pelos mesmos motivos que eu, meu irmão, chorando silenciosamente, na mesma dor da derrota. Na mesma aflição da solidão, precisando apenas de um abraço ou um grito de gol.

Foi uma das primeira e únicas vezes que me senti junto de meu irmão. Ainda que chorando em cantos diferentes nossas dores eram de um mesmo abandono de uma mesma frustração.

Outras Copas vieram. O Brasil ganhou algumas e perdeu outras tantas. A vida levou meu irmão e trouxe ele de volta alguns anos depois.

Em 1982 descobri que o melhor nem sempre ganha na vida e que irmãos podem chorar (ainda que escondidos do mundo ou de si mesmos).



post dedicado ao meu irmão EDSON

14/06/2010

CHE COMPLETARIA 82 ANOS NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA


O NASCEDOR
Por Eduardo Galeano

Por que será que o Che
Tem este perigoso costume
De seguir sempre renascendo?
Quanto mais o insultam,
O manipulam
O atraiçoam
Mais ele renasce.
Ele é o mais renascedor de todos!
Não será por que Che
Dizia o que pensava e fazia o que dizia?
Não será por isso que segue sendo
tão extraordinário,
Num mundo onde palavras
e atos tão raramente se encontram?
E quando se encontram
raramente se saúdam
Por que não se reconhecem?

via http://www.vermelho.org.br

12/06/2010

?


Sentou-se.
Diante de si havia bifurcações intermináveis.

Olhou o céu azul sem fim.
Pensou no mar e seu (falso) horizonte.

Lançou um curto olhar para trás:
seus erros e acertos marcados
com pegadas (nada/quase) frágeis.

Suspirou.

Mirou suas pernas cruzadas.
Sapatos surrados nos pés,
solas surradas na alma,
dedos sem raízes no chão.

Ouviu o vento
sopro sem vida, infinito e etéreo - indiferente -
a apagar marcas
que ficaram de onde/por onde andou.

Examinou as próprias mãos
e viu-se mais velho, mais calejado,
mais duro, menos menino.

Levantou-se.

Caminhou.

Qualquer bifurcação que escolhesse
daria sempre em lugar algum.

Lugar algum.

"Dane-se!" pensou
"não me importa a margem,
mais que a travessia.
não me importa a morte,
mais que a vida."

Dobrou à esquerda
e nunca mais
foi visto ali, igual, o mesmo.

Pior, por vezes melhor,
mas nunca
o mesmo.


EDNALDO TORRES FELICIO
12/06/2010
por volta de 01:00hs

(o vento continua seu canto...)

25/05/2010

Kriptonita e o meu Herói


Colocaram Kriptonita na alma do meu herói.
Tiraram sua força, sua lucidez.
sua saúde, seu bom-senso.

Ele me levava nos ombros
e era enoooorme aos meus olhos de criança.
Ele podia carregar qualquer peso
(eu achava que ele carregava até o peso do tempo).

Mas o tempo foi pesando sobre seus ombros
(pesando mais que eu, que virei homem)

Ele foi se encurvando e tombando

Já não era mais o Herói
era um bebê frágil
precisando de mim.

Insano, doente, triste.
Aquele que está hoje no leito não é mais o meu herói da infância
mas será sempre meu pai.

E em minha cabeça terá sempre bigodes enormes
braços de ferro e um coração do tamanho do mundo

Será sempre o homem em que me espelhei

E não haverá Kriptonita no mundo
(chame a Kriptonita de Alzheimer, Parkinson ou o Diabo!)
que tornará frágil meu amor por ele.

EDNALDO TORRES FELICIO
25/05/10

07/05/2010

do blog do Juca Kfouri

Serenata

Por RICARDO PIRANI*

Na noite passada eu tive um sonho.

Sonhei que 35 mil pessoas faziam, juntas, ali num bairro nobre de São Paulo, uma serenata.

Cantavam num só coro, fitando a mesma janela.

Gritavam, pediam, suplicavam.

Até choravam.

Faziam o que fosse preciso.

E tudo aquilo por um simples sorriso.

Foram quase duas horas de cantoria alucinada.

Por duas vezes, a janela se iluminou.

Mas quis o destino que o tal sorriso não viesse.

Não tem nada não.

Lá estavam as 35 mil pessoas aplaudindo e insistindo em acreditar no amor.

Por que amor que é amor, é incondicional.

E aquilo não foi sonho.

Foi e será sempre somente ti, Corinthians!

*Ricardo Pirani é um torcedor corintiano.

22/04/2010

Sou da IGREJA UNIVERSAL e sempre serei

IRMÃOS

sábado de madrugada estava eu perdido, estava mal mesmo, indeciso sobre o caminho, sozinho, titubeando como há tempos, em um bar, já quase caído, quando encontrei um amigo pastor que me encontrou, abordou e começou a pregar sua palavra, sobre as verdades as quais prontamente me identifiquei.

emocionado fiquei, e espero que fiquem vós também.

na hora aceitei minha conversão e solícito crente me tornei.

hoje, nesse domingo considero-me membro da Igreja Universal.

espero que compreenda e se felicite comigo, que essa atitude não mantenha nossa amizade distante. acho normal, muitas pessoas vão e participam da mesma filosofia, durmo tranquilo pois não fui o primeiro e nem serei o último, amém, obrigado!

divido com vós um sermão da minha igreja, igreja universal, com meu amigo pastor de curitiba à frente do grupo, aleluia irmã! amém!

21/04/2010

como estou me sentindo em 21 de abril de 2010

Não Vou Me Adaptar

Composição: Arnaldo Antunes

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar (3x)

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Não vou!

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou!
Não vou me adaptar! Eu não vou me adaptar!
Não vou! Me adaptar!...


16/04/2010

HEY YOU

Ei você! aí fora no frio
Ficando sozinho, ficando velho, você pode me sentir?

Ei você! Parado aí nos corredores
Com os pés sarnentos e sorriso fraco, você pode me sentir?

Ei você! não os ajude a enterrar a luz
Não se entregue sem antes lutar.

Ei você! aí fora porque quer
Sentado nu, pelo telefone você poderia me tocar?

Ei você! com seu ouvido no muro
Esperando por alguém para pedir ajuda, você poderia me tocar?

Ei você! você me ajudaria a carregar a pedra?
Abra seu coração, eu estou chegando em casa

Mas isso era só uma fantasia
O muro era muito alto como você pode perceber
Não importa de que forma ele tentou
Ele não conseguiu se libertar
E os vermes comeram o cérebro dele.

Ei você! aí fora na estrada
Fazendo o que lhe disseram, você pode me ajudar?

Ei você! aí fora além do muro
Quebrando garrafas no corredor, você pode me ajudar?

Ei você! não me diga que não há nenhuma esperança
Junto nós resistimos, divididos nós cairemos.


15/04/2010

Sonhei com essa música

O apanhador de sonhos



Acordo quando as pessoas adormecem.
Recolho seus sonhos pela janela e guardo na memória do computador

Quando pesadelos enormes, violentos e escuros surgem,
tomo um trago de Jack Daniel's puro para vivenciá-los com mais força.

Mas os pesadelos são covardes, não resistem a um abrir de olhos
e deixam no máximo, um gosto de ressaca.

Desço a Rua Augusta
recolhendo os sonhos dos perdidos:
poetas frustrados, meninas que vendem beijo
homens que choram na cama e velhos com medo da morte.

Recolho sonhos retalhados na calçada.
Vomito todos eles aqui
nessa página virtual,
neste umbral de mim mesmo
onde exponho meu cérebro à dissecação pública.

Sonhos alheios, pesadelos de mim.

EDNALDO TORRES FELICIO

13/04/2010

Sem ter nada?




Fala, Fiel!

A nova onda dos adversários é aparecer aqui no blog e fazer a piadinha (?) do “CemTerNada”. Depois de morrer de rir dessa idéia SUPER-MEGA-ULTRA SENSACIONAL E ORIGINAL E INTELIGENTE E PERSPICAZ E MAIS ENGRAÇADA DO UNIVERSO, me peguei pensando sobre o que (não) passa na cabeça de um ser humano para perder seu precioso tempo com tamanha babaquice.

Certamente, o mesmo que (não) passa quando inventam apelidos tipo “jason”, “dagol” ou “santástico“, é claro. Mas a ironia maior, e o que me move até o computador para digitar este texto, é o fato de não entender o nível de despeito de falar para um Corinthiano que não temos nada.

Para começar, eu tenho amor. Nós, Corinthianos, temos amor. Amor verdadeiro, não o amor de fachada ou o amor conveniente. Amor mesmo, saca?

Por um clube que representa nossa vida e a nossa história. Por um clube que estampa nossas bandeiras, nossas peles e nossos mantos, independentemente da época do ano, da vitória e da derrota ou do campeonato em que estamos.

Nós estamos nas ruas e nos assuntos do povo SEMPRE.

Talvez seja um pouco chato ser o outro time, aquele que aparece às vezes, quando os rivais com quem disputa espaço não estão tão evidentes. Afinal, revezar os holofotes com os outros adversários deve ser bem frustrante.

E o amor que temos é incondicional.

Veja bem, somos um clube que tem torcida apoiando na alegria e na tristeza, na vitória e na derrota e, não, não precisamos de motivo algum, senão este mesmo amor, para vestir nosso manto sagrado.

E só por isso, eu já poderia encerrar meu texto dizendo que temos tudo.



Só que quem não ama não entende a grandiosidade do amor.

“Vocês não têm estádio, Libertadores e… bom, não sei mais o que” eles dizem. De fato, nosso estádio não comporta a grandiosidade da nossa torcida e, por uma questão de (pouco) tempo, não temos um título da Libertadores.

E daí?

Nós já temos a maior e mais apaixonada torcida deste país. Temos o maior patrocínio de um clube de futebol. Temos mais espaço na mídia. Temos um rol de ídolos maior que a história de muitos clubes. Temos muitos títulos de tudo o que disputamos. Temos um exemplo de administração. Temos o mundo querendo jogar aqui. Temos investimento. Temos o melhor programa de Fiel Torcedor. Temos inúmeras ações sociais. Temos um Memorial incrível. Temos Rádio, TV, Revista, Jornal, roupas, bolsas, livros, DVDs, filmes, computador, copo, prato, cachaça, chocolate e tantos outros produtos. Aliás, somos os atuais Campeões Paulista e da Copa do Brasil. Temos Corinthians espalhado por aí, na Stock Car, na Formula Truck. Onde você for, sempre vai ver um Corinthiano amigo. A gente não vaia a nossa derrota. A gente não cala nunca.

Temos história, meus amigos. E a conhecemos. E temos orgulho dela. Não escondemos nada do nosso passado. E muito menos vivemos só dele. Nós somos passado, presente e futuro.

Escolha o adversário, porque o Corinthians nunca sai de campo. Invente Santos na década de 70, Palmeiras na de 90, São Paulo no novo milênio. Escolha o que quiser, o Corinthians sempre foi e sempre será o time a ser batido, e a declaração de um jogador na saída de campo do San-São hoje não me deixa negar.

Eles procuram a gente, lembram da gente em qualquer situação. Eles tentam, inutilmente, alguma comparação conosco, como se fossem coisas e situações comparáveis.

Não temos tempo para tanta preocupação vã. Com tanta tolice desses meros fãs sazonais de futebol. O Corinthians tem uma grandeza ímpar que não nos dá a menor brecha para perdermos tempo preocupados com quem tem o que.

Então, enquanto os outros tentam enlouquecidamente, a gente tem a tranquilidade e o espaço de apenas gritar o nome que tanto amamos. CORINTHIANS.

Porque nós temos tudo.

E, essencialmente, tudo o que falta aos rivais: amor pelo nosso próprio time.

No fundo, no fundo, eu penso comigo: pobre daqueles que nunca terão o privilégio de amar desta forma. Eles, sim, passarão a vida toda sem ter nada.

Nada que valha REALMENTE a pena.

VAAAAAAI, CORINTHIAAAAAAAAAAAAAAAANS!


fonte http://colunas.globoesporte.com/yulebisetto/2010/04/11/sem-ter-nada/

31/03/2010

Lurdes

Você anda comigo faz muito tempo e sabe que não sou esse farrapo velho que revira o lixo atrás de pão velho ou qualquer sobra de comida.
Você lembra quando eu tinha aquele terno bonito azul e colocava ele com aquela gravata que a Lurdes e mandou da Europa?
Eu ficava bonito, né?
Lembra quando eu sentava na mesa de reunião e comandava aqueles idiotas de gravata? hahahahaha bons tempos. Hoje nenhum daqueles puxa-sacos ia me reconhecer. Essa maldita barba oleosa e suja, esse cheiro de merda, mijo e poeira, essa coisa que sou e que nunca fui. Acho que nem a Lurdes me reconhecia agora...
Mas você levou a Lurdes contigo,não foi você? Desde que enterraram ela, desde que baixaram o caixão dela, você se grudou comigo e me mandou beber beber beber e fugir de casa.
Você é um filho-da-puta! Pára de rir de mim! Eu já tive carro bonito, mulheres bonitas e você me mandava beber beber e beber. Filho-da-puta!
Daqui a pouco, vem gente dar sopa para gente comer. Tou com fome. Louco por uma cachaça. Vou deitar aqui no chão e esperar. Tá frio.
Cala a boca!!!!! Como vou arranjar cachaça pra gente???? Filho-da-puta!!!!!!
Tá vendo, esqueci o que eu tava falando....
Lembrei! A sopa, a Lurdes, o caixão... Um dia eu uso de novo meu terno azul, faço a barba e você vai ver como fico bonito! Um dia, eu saio voando daqui e bebo uma cachaça com a sopa e aí acaba esse frio...
Um dia você vai parar de falar na minha cabeça e me chamar de derrotado, de filho-da-puta, de maldito... Um dia você vai calar essa boca e sumir no caixão da Lurdes... E vai ser a Lurdes que vai ficar do meu lado... Mas quem é Lurdes mesmo? Com quem eu tou falando, tou sozinho aqui no chão esperando a sopa... Tá frio...
Os caras da sopa tão chegando, alguém roubou meu cobertor. Que lugar é esse mesmo? Obrigado pela comida moço... Vou voltar pro meu papelão e comer a sopa... Tá quentinha...

EDNALDO TORRES FELICIO

23/02/2010

Bluebird




"Pássaro Azul" - Charles Bukowski
(Bluebird)

Em meu coração existe um pássaro, que quer sair
mas sou mais forte que ele

Eu falo "fica aí dentro,
eu não vou deixar ninguém te ver"

Em meu coração existe um pássaro, que quer sair

mas eu taco uísque nele e respiro fumaça de cigarro
e as putas e os barmen e as caixas do mercado
nunca sabem que ele está aqui dentro

Em meu coração existe um pássaro, que quer sair
mas sou mais forte que ele

Eu falo "fique aí, você quer me pôr em apuros?"
"você quer estragar meus trabalhos?"
"você quer estragar as vendas dos meus livros na Europa?"

Em meu coração existe um pássaro, que quer sair

mas eu sou mais esperto,
só deixo ele sair de noite, às vezes
quando todos estão dormindo

Eu falo "sei que você está aí, então não fique triste"
daí o ponho de volta, mas ele ainda canta um pouco aqui dentro,
Eu não o deixei morrer totalmente.

e a gente dorme junto desse jeito
com nosso pacto secreto
e é bacana o suficiente para fazer um homem chorar

mas eu não choro, você chora?

22/02/2010

Poema - Bukowski (Legendado)

Buck foi um dos caras mais geniais que já lí. Sua poesia/prosa suja, cheia de defeitos humanos, sujeira, bebedeira e solidão, mostram o que todo o ser humano quer esconder: sua própria fragilidade.


21/02/2010

Mosca Na Sopa




Mosca Na Sopa
Raul Seixas

Composição: Raul Seixas

Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar...(3x)
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar...(2x)
E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar...
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar...(2x)
-"Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão!"
Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar...(2x)
E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar...
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar...(2x)
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar...(2x)
Mas eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou prá lhe abusar...

18/02/2010

Samba de verdade

ESPELHO
João Nogueira


Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz

Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)

Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás

Eh, vida à toa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)

E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já

Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar (Bis)


10/02/2010

Summertime

Summertime Época De Verão

Época de verão
Criança, a vida é fácil
peixes pulando fora d'àgua
E o algodão, Senhor,
O algodão está alto, Senhor, tão alto.

Seu pai é rico
E sua mãe é de tão boa aparência
Ela parece bem agora
Calma, baby, baby, baby, baby, baby,
Não, não, não, não, não chore
Não chore!

Em uma destas manhãs
Você estará crescendo, cantando animado
Você estará alargando as suas asas,
Criança, e alcançar, alcançar o céu,
Senhor, o céu.

Mas ate esta manhã
Querida, nada vai te causando alarde,
Não, não, não, não, não, não, não, não.....
não
não

Não Chore.
Não Chore.
Chore.


08/02/2010



Mulheres: gostava das cores de suas roupas; do jeito delas andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina. Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.
Charles Bukowski

um trem pras estrelas (sonhar ainda é possível)

22/01/2010

O que será

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita...

O que será que será,
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite...

O que será que me dá,
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá,
O que não tem juízo...

20/01/2010

Pensamento budista



"Só existem dois dias do ano em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro, amanhã. Portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver."
Dalai Lama