27/03/2009
23/03/2009
bela animaçao
Peguei esse vídeo no belo blog da Evelyndinha. O endereço do blog dela está nos meus links.
17/03/2009
ouvindo Cash e Nelson
Quero apenas pegar a estrada em qualquer direção e ver as árvores correndo para trás de meu caminho como flechas tristes que se perdem sem alvos ou, na pior das hipóteses, atingem alvos inocentes.
Que o asfalto seja negro, quente, crú e apático sob a titubeante roda de mim.
Quero ver a rodovia erma e seca rasgar-se diante de meus olhos como as pernas da prostituta perdida e indiferente ao homem que a possui... possui?
Quero ouvir o zumbido triste do vento etéreo e solitário gelando minha pele, minhas ilusões e meus sonhos.
Até compreender que a vida é uma farsa, no exato momento em que a curva chegar e eu não me desviar, me precipitando barranco abaixo.
Oh, meu Deus, mais que fingidor, o poeta é um covarde mentiroso!
EDNALDO TORRES FELICIO
solidão da Rua Augusta
17 de março de 2009 pouco antes do amanhecer
Que o asfalto seja negro, quente, crú e apático sob a titubeante roda de mim.
Quero ver a rodovia erma e seca rasgar-se diante de meus olhos como as pernas da prostituta perdida e indiferente ao homem que a possui... possui?
Quero ouvir o zumbido triste do vento etéreo e solitário gelando minha pele, minhas ilusões e meus sonhos.
Até compreender que a vida é uma farsa, no exato momento em que a curva chegar e eu não me desviar, me precipitando barranco abaixo.
Oh, meu Deus, mais que fingidor, o poeta é um covarde mentiroso!
EDNALDO TORRES FELICIO
solidão da Rua Augusta
17 de março de 2009 pouco antes do amanhecer
14/03/2009
uma madrugada inteira ouvindo Tim Maia
E vou postar duas sonzeiras... A segunda é um soul de primeira linha
VIVA A MÚSICA NEGRA BRASILEIRA! VIVA TIM MAIA!
VIVA A MÚSICA NEGRA BRASILEIRA! VIVA TIM MAIA!
13/03/2009
Lembranças de infância
Era eu menino. Muito menino. Acabara de ser alfabetizado.
Meu mano com idade mais próxima à minha era seis anos mais velho que eu. E ele tinha um livro de português...
Nas tardes enooooormes e vazias daquela Carapicuíba de ruas de terra, eu roubava seu livro e me esforçava para ler o livro que era para um série seis anos à frente da minha...
Como era difícil ler os contos, lia as poesias do livro. Foi assim que me tornei poeta.
Uma daquelas poesias, lidas nas tardes de chuva entre o jogo de botão e os carrinhos de plástico, reencontrei agora e descobri que é do genial MÁRIO QUINTANA.
Obrigado Mário, por preencher aquelas tardes distantes com sua poesia linda.
RECORDO AINDA
Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
Mario Quintana
PS.: Na foto, meu mano correndo sobre a laje de casa
12/03/2009
Olha essas caricaturas
10/03/2009
SENHORAS E SONHORES, O FENÔMENO VOLTOU!
É possível sim, se levantar, mesmo quando a queda já é velha conhecida e insiste em estar presente na vida.
É possível sim, sorrir, mesmo quando todos dizem que você está acabado.
É possível sim, usar o exemplo do futebol para utilizar na própria vida.
Um gol aos 47 do segundo tempo, contra o maior rival do Corinthians. Um gol antológico. De um vencedor, de um Fenômeno.
Que consigamos também nos superar, quando nossos "meniscos" da vida romperem seus ligamentos frágeis e nos lembrar que somos Humanos, Humanos para cacete.
É possível sim, sorrir, mesmo quando todos dizem que você está acabado.
É possível sim, usar o exemplo do futebol para utilizar na própria vida.
Um gol aos 47 do segundo tempo, contra o maior rival do Corinthians. Um gol antológico. De um vencedor, de um Fenômeno.
Que consigamos também nos superar, quando nossos "meniscos" da vida romperem seus ligamentos frágeis e nos lembrar que somos Humanos, Humanos para cacete.
05/03/2009
VEGONHA - FOLHA DIZ QUE PAÍS TEVE DITABRANDA E NÃO DITADURA
Não se assuste: o desenho ao lado, do Latuff, é uma provocação, traduzindo o que a Folha de S. Paulo quis dizer por ‘ditabranda’, em editorial publicado no dia 17 de fevereiro passado. Para o jornal do dândi Otavinho Frias, o regime militar no Brasil foi moleza. E quem tentou deixar seu protesto na seção de cartas do jornal foi esculachado mais uma vez. Por isso no próximo dia 7, sábado, vamos reunir uma galera boa em frente ao prédio da Folha, na rua Barão de Limeira (SP) para um ato em repúdio à ‘ditabranda’. De lá vamos blogar, tuitar, iutubar, via celular, laptop e o que mais tivermos em mãos.
(Em tempo: texto imperdível lá no Vi o Mundo, do Azenha - A Escolinha do Professor Kamel)
http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-escolinha-do-professor-kamel/
04/03/2009
post para Cintia, meu amor
Ela desatinou
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Ela desatinou, viu chegar quarta-feira
Acabar brincadeira, bandeiras se desmanchando
E ela inda está sambando
Ela desatinou, viu morrer alegrias, rasgar fantasias
Os dias sem sol raiando e ela inda está sambando
Ela não vê que toda gente, já está sofrendo normalmente
Toda a cidade anda esquecida, da falsa vida, da avenida
Onde Ela desatinou, viu morrer alegrias, rasgar fantasias
Os dias sem sol raiando e ela inda está sambando
Quem não inveja a infeliz, feliz
No seu mundo de cetim, assim,
Debochando da dor, do pecado
Do tempo perdido, do jogo acabado
03/03/2009
mais um do velho Bukowski
loucura?
olha, ele disse, admita.
o quê? perguntei.
quando você vê aquela gorda
no supermercado que está
escolhendo laranjas, não
se sente a fim de ir lá e
espremer aquelas ancas feias
bem forte
apenas para ouvi-la gritar?
do que diabos você está falando,
cara? perguntei.
e quando o garçom te traz
teu jantar, não pensa
por um instante que poderia
matá-lo?
não antes do jantar, respondi.
o que estou querendo dizer com isso,
ele continuou,
é que há uma linha muito tênue
entre o que chamamos sanidade e
o que chamamos loucura
e que o esforço que fazemos para
permanecer no lado são
só é feito para que não sejamos
punidos pela
sociedade.
senão, iríamos
frequentemente cruzar essa linha e
as coisas seriam muito mais
interessantes
eu não sei do que diabos
você está falando, cara,
eu disse a ele.
ele apenas suspirou, me olhou
e disse, deixa pra lá, amigo.
olha, ele disse, admita.
o quê? perguntei.
quando você vê aquela gorda
no supermercado que está
escolhendo laranjas, não
se sente a fim de ir lá e
espremer aquelas ancas feias
bem forte
apenas para ouvi-la gritar?
do que diabos você está falando,
cara? perguntei.
e quando o garçom te traz
teu jantar, não pensa
por um instante que poderia
matá-lo?
não antes do jantar, respondi.
o que estou querendo dizer com isso,
ele continuou,
é que há uma linha muito tênue
entre o que chamamos sanidade e
o que chamamos loucura
e que o esforço que fazemos para
permanecer no lado são
só é feito para que não sejamos
punidos pela
sociedade.
senão, iríamos
frequentemente cruzar essa linha e
as coisas seriam muito mais
interessantes
eu não sei do que diabos
você está falando, cara,
eu disse a ele.
ele apenas suspirou, me olhou
e disse, deixa pra lá, amigo.
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