Quero apenas pegar a estrada em qualquer direção e ver as árvores correndo para trás de meu caminho como flechas tristes que se perdem sem alvos ou, na pior das hipóteses, atingem alvos inocentes.
Que o asfalto seja negro, quente, crú e apático sob a titubeante roda de mim.
Quero ver a rodovia erma e seca rasgar-se diante de meus olhos como as pernas da prostituta perdida e indiferente ao homem que a possui... possui?
Quero ouvir o zumbido triste do vento etéreo e solitário gelando minha pele, minhas ilusões e meus sonhos.
Até compreender que a vida é uma farsa, no exato momento em que a curva chegar e eu não me desviar, me precipitando barranco abaixo.
Oh, meu Deus, mais que fingidor, o poeta é um covarde mentiroso!
EDNALDO TORRES FELICIO
solidão da Rua Augusta
17 de março de 2009 pouco antes do amanhecer
Um comentário:
palavras suas? palavras estas que sao tao encaixadinhas ^^
adoro! adoro td q vem de ti! meu amigo inteligente hehehe
bjux
Postar um comentário