13/04/2010

Sem ter nada?




Fala, Fiel!

A nova onda dos adversários é aparecer aqui no blog e fazer a piadinha (?) do “CemTerNada”. Depois de morrer de rir dessa idéia SUPER-MEGA-ULTRA SENSACIONAL E ORIGINAL E INTELIGENTE E PERSPICAZ E MAIS ENGRAÇADA DO UNIVERSO, me peguei pensando sobre o que (não) passa na cabeça de um ser humano para perder seu precioso tempo com tamanha babaquice.

Certamente, o mesmo que (não) passa quando inventam apelidos tipo “jason”, “dagol” ou “santástico“, é claro. Mas a ironia maior, e o que me move até o computador para digitar este texto, é o fato de não entender o nível de despeito de falar para um Corinthiano que não temos nada.

Para começar, eu tenho amor. Nós, Corinthianos, temos amor. Amor verdadeiro, não o amor de fachada ou o amor conveniente. Amor mesmo, saca?

Por um clube que representa nossa vida e a nossa história. Por um clube que estampa nossas bandeiras, nossas peles e nossos mantos, independentemente da época do ano, da vitória e da derrota ou do campeonato em que estamos.

Nós estamos nas ruas e nos assuntos do povo SEMPRE.

Talvez seja um pouco chato ser o outro time, aquele que aparece às vezes, quando os rivais com quem disputa espaço não estão tão evidentes. Afinal, revezar os holofotes com os outros adversários deve ser bem frustrante.

E o amor que temos é incondicional.

Veja bem, somos um clube que tem torcida apoiando na alegria e na tristeza, na vitória e na derrota e, não, não precisamos de motivo algum, senão este mesmo amor, para vestir nosso manto sagrado.

E só por isso, eu já poderia encerrar meu texto dizendo que temos tudo.



Só que quem não ama não entende a grandiosidade do amor.

“Vocês não têm estádio, Libertadores e… bom, não sei mais o que” eles dizem. De fato, nosso estádio não comporta a grandiosidade da nossa torcida e, por uma questão de (pouco) tempo, não temos um título da Libertadores.

E daí?

Nós já temos a maior e mais apaixonada torcida deste país. Temos o maior patrocínio de um clube de futebol. Temos mais espaço na mídia. Temos um rol de ídolos maior que a história de muitos clubes. Temos muitos títulos de tudo o que disputamos. Temos um exemplo de administração. Temos o mundo querendo jogar aqui. Temos investimento. Temos o melhor programa de Fiel Torcedor. Temos inúmeras ações sociais. Temos um Memorial incrível. Temos Rádio, TV, Revista, Jornal, roupas, bolsas, livros, DVDs, filmes, computador, copo, prato, cachaça, chocolate e tantos outros produtos. Aliás, somos os atuais Campeões Paulista e da Copa do Brasil. Temos Corinthians espalhado por aí, na Stock Car, na Formula Truck. Onde você for, sempre vai ver um Corinthiano amigo. A gente não vaia a nossa derrota. A gente não cala nunca.

Temos história, meus amigos. E a conhecemos. E temos orgulho dela. Não escondemos nada do nosso passado. E muito menos vivemos só dele. Nós somos passado, presente e futuro.

Escolha o adversário, porque o Corinthians nunca sai de campo. Invente Santos na década de 70, Palmeiras na de 90, São Paulo no novo milênio. Escolha o que quiser, o Corinthians sempre foi e sempre será o time a ser batido, e a declaração de um jogador na saída de campo do San-São hoje não me deixa negar.

Eles procuram a gente, lembram da gente em qualquer situação. Eles tentam, inutilmente, alguma comparação conosco, como se fossem coisas e situações comparáveis.

Não temos tempo para tanta preocupação vã. Com tanta tolice desses meros fãs sazonais de futebol. O Corinthians tem uma grandeza ímpar que não nos dá a menor brecha para perdermos tempo preocupados com quem tem o que.

Então, enquanto os outros tentam enlouquecidamente, a gente tem a tranquilidade e o espaço de apenas gritar o nome que tanto amamos. CORINTHIANS.

Porque nós temos tudo.

E, essencialmente, tudo o que falta aos rivais: amor pelo nosso próprio time.

No fundo, no fundo, eu penso comigo: pobre daqueles que nunca terão o privilégio de amar desta forma. Eles, sim, passarão a vida toda sem ter nada.

Nada que valha REALMENTE a pena.

VAAAAAAI, CORINTHIAAAAAAAAAAAAAAAANS!


fonte http://colunas.globoesporte.com/yulebisetto/2010/04/11/sem-ter-nada/

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