Composição: Bob Dylan/Versão: Geraldo Azevedo/Babau
E se hoje não fosse essa estrada Se a noite não tivesse tanto atalho O amanhã não fosse tão distante Solidão seria nada pra você
Se ao menos o meu amor estivesse aqui E eu pudesse ouvir seu coração Se ao menos mentisse ao meu lado Estaria em minha cama outra vez
Meu reflexo não consigo ver na água Nem fazer canções sem nenhuma dor Nem ouvir o eco dos meus passos Nem lembrar meu nome quando alguém chamou Se ao menos o meu amor estivesse aqui E eu pudesse ouvir seu coração Se ao menos mentisse ao meu lado Estaria em minha cama outra vez
A beleza do rio do meu canto A beleza em tudo o que há no céu Porém nada com certeza é mais bonito Quando lembro dos olhos do meu bem Se ao menos o meu amor estivesse aqui E eu pudesse ouvir seu coração Se ao menos mentisse ao meu lado Estaria em minha cama outra vez
- QUEM CLAMA? - A Voz veio de longe... Senti medo. Parei de pedir ajuda por alguns momentos, mas meus ossos doíam no frio intenso e minha face era queimada pelo vendo. Por todos os lados, o gelo branco. O maldito assobio do vento, sempre no mesmo tom, sempre na mesma nota, incessante, angustiante, enlouquecedor. Gritei por socorro e por socorro e por clemência, mas só o eco me respondia... Até que a Voz fez-se novamente presente. Grutural, monstruosa, vinda da amplidão clara de gelo e neve. - QUEM CLAMA????? Não havia onde me esconder. Me agachei impulsivamente, como se me defendesse de um golpe e balbuciei: - sou eu... Silêncio. Segundos de silêncio que pesaram ainda mais meu terror e curvaram minha coluna escondendo minha cabeça entre os joelhos. - NÃO TENS DIREITO A CLAMOR!!!!! - A Voz chacolhou a neve e o gelo - FOSTE SEMPRE VIL. FOSTE SEMPRE INCLEMENTE E AGORA CLAMAS POR SOCORRO????? ÉS UM ANIMAL E COMO TAL SERÁS AQUI TRATADO POR TODA A ETERNIDADE!!!!!! Calou-se. O vento voltou a soprar sua canção monotônica e eu entendi, por fim, que o Inferno não era quente, pelo meno não naquela parte...
It all began when they took me from my home And put me on Death Row, a crime for which I am totally innocent, you know.
I began to warm and chill To objects and their fields, A ragged cup, a twisted mop The face of Jesus in my soup Those sinister dinner deals The meal trolley's wicked wheels A hooked bone rising from my food All things either good or ungood.
And the mercy seat is waiting And I think my head is burning And in a way I'm yearning To be done with all this weighing of the truth. An eye for an eye And a tooth for a tooth And anyway I told the truth And I'm not afraid to die.
I hear stories from the chamber Christ was born into a manger And like some ragged stranger He died upon the cross Might I say, it seems so fitting in its way He was a carpenter by trade Or at least that's what I'm told
My kill-hand's tatooed E.V.I.L. across it's brother's fist That filthy five! They did nothing to challenge or resist.
In Heaven His throne is made of gold The ark of his Testament is stowed A throne from which I'm told All history does unfold. It's made of wood and wire And my body is on fire And God is never far away.
Into the mercy seat I climb My head is shaved, my head is wired And like a moth that tries To enter the bright eye I go shuffling out of life Just to hide in death awhile And anyway I never lied.
And the mercy seat is waiting And I think my head is burning And in a way I'm yearning To be done with all this weighing of the truth. An eye for an eye And a tooth for a tooth And anyway I told the truth And I'm not afraid to die
And the mercy seat is burning And I think my head is glowing And in a way I'm hopin' to be done with all this twistin' of the truth. An eye for an eye And a tooth for a tooth And any way there was no proof And I'm not afraid to die
And the mercy seat is glowing And I think my head is smoking And in a way I'm hopin' to be done with all these looks of disbelief. A life for a life And a truth for a truth And I've got nothin' left to loose. And I'm not afraid to die
And the mercy seat is smoking And I think my head is melting And in a way that's helpin' to be done with all this twistin' of the truth An eye for an eye And a tooth for a tooth And any way I told the truth But I'm afraid I told a lie.
Começo de namoro. Eu e a Cintia, minha atual esposa, passávamos a madrugada na sala da casa dela se amando ao som dos Beatles.
No velho 3 em 1 da Sony ouvíamos os caras de Liverpool cantando Michelle com alguns versos em francês. Nem sabíamos que era francês! Apenas gostávamos e nos amávamos. Nos amávamos muito, como continuamos nos amando mais de uma década depois.
Tenho certeza de que escolhi a melhor mulher que passou pela minha vida. A mais bonita, a mais elegante e a mais sofisticada.
Foi ao som dos caras de Liverpool que descobri tudo isso
Michelle, ma belle. These are words that go together well, My Michelle.
Michelle, ma belle. Sont les mots qui vont tres bien ensemble, Tres bien ensemble.
I love you, I love you, I love you. That's all I want to say. Until I find a way I will say the only words I know that You'll understand.
I need you, I need you, I need you. I need to make you see, Oh, what you mean to me. Until I do I'm hoping you will Know what I mean.
I love you.
I want you, I want you, I want you. I think you know by now I'll get to you somehow. Until I do I'm telling you so You'll understand.
I will say the only words I know that You'll understand, my Michelle.
Nassif fez um espetacular comentário sobre como a mídia está tratando o caso do Adriano, o Imperador.
De volta pro meu aconchego . Poucas vezes vi gesto mais humano, mais rico, do que o jogador Adriano explicando porque vai parar de jogar e voltar a favela. Nesses tempos em que a hipercompetição provocou as neuroses do trabalho, os workaholics (e quem escreve é um), a competição feroz, o craque de reputação internacional manda parar tudo e diz: quero voltar para a favela e conviver com meus amigos. . Ele é o são. Doentes somos os que trabalham dia e noite, sem tempo para curtir amigos e família, os que eram felizes e não sabiam, os que vão atrás das turmalinas da vida, os que não tem tempo sequer para algumas rodadas de choro no bar do Alemão. . E os doentes reagem. Jornais saem atrás de explicações estapafúrdias, envolvimento com tráfico, piração, depressão. Os doentes reagem violentamente contra os que expõem a eles próprios suas neuras, seu suicídio diário engolindo sapo, abandonando as raízes, esquecendo a família. . Tempos atrás trabalhou comigo uma parente do Cafu que contava sobre a fundação que ele fez para amparar o bairro pobre onde ele nasceu. Sempre valorizei muito os que têm orgulho da sua origem. Não apenas orgulho, mas gratidão pelos valores recebidos, pelo círculo de afetos. . Não tenha dúvida de que tanto Cafu quanto Adriano são grandes pessoas. E absolutamente normais, mesmo passando por crises, ao contrário dos que tentaram encontrar motivos anormais para seu gesto. .
Nada como uma mulher linda cruzando as pernas na tua frente,quando vc menos espera...
Tem um conto do Verríssimo em que ele paquera uma mulher na sala do dentista. . Transcrevo uma parte: . "Ele pensa: Que mulherão. Que pernas. Coisa rara, ver pernas hoje em dia. Sempre fui um homem de pernas. Pernas com meias. Meias de nylon. Como eu sou antigo. Bom era o barulhinho. Suish-suish. Elas cruzavam as pernas e fazia shuish-suish. Eu era doido por um shuish shuish." . Mais pra frente ela repara que ele tá vendo as pernas dela . "Ela: ele está olhando as minhas pernas por baixo da revista. Vou descruzar as pernas e cruzar de novo. Só pra ele aprender." "Ele: ela descrusou e cruzou de novo! Ai meu Deus. Foi pra me matar. Ela sabe que eu to olhando. Também, a revista está de cabeça pra baixo. E agora? Vou ter que dizer alguma coisa..." . E abaixo, a cruzada de pernas mais espetacular da História do cinema:
Em breve uma manhã Com tempo para matar Eu peguei emprestado o rifle de Jebb E sentei numa colina Eu vi um cavaleiro sozinho Atravessando a campina Eu extraí uma gota dele Para praticar minha mira
O rifle do meu irmão Foi tirado de minha mão Um tiro foi soado Acima da terra O cavalo manteve-se correndo O cavaleiro estava morto Eu abaixei minha cabeça Eu abaixei minha cabeça
Eu saí a caminho correndo Para acordar do sonho O rifle do meu irmão Foi para dentro do resplendor Eu me mantive correndo Pelas terras do sul Aquelas que estão onde eles me acharam Minha cabeça e minhas mãos
O xerife me perguntou Por que eu corri E então veio até mim Apenas o que eu tinha feito E tudo por nenhuma razão Apenas uma paz de liderança Eu abaixei minha cabeça Eu abaixei minha cabeça
Aqui na casa da corte judicial A cidade inteira estava ali Eu vi o juíz De alta posição na cadeira Explicando à sala da corte O que estava dentro de sua mente E nós perguntaremos ao júri Qual o veredito que eles encontraram
Eu senti o poder Da morte pular sobre a vida Eu deixei orfãs as crianças dele Eu enviuvei a esposa dele Eu pedi o perdão deles Eu desejava que eu estivesse morto Eu abaixei minha cabeça Eu abaixei minha cabeça
Eu abaixei minha cabeça Eu abaixei minha cabeça
Em breve uma manhã Com tempo para matar Eu vejo a forca Acima da colina E fora na distância Um truque do cérebro Eu vi um cavaleiro sozinho Atravessando a campina
E ele veio me encantar Para ver o que eu tinha feito E nós corremos juntos Para o reino voltamos Eu rezei pela misericórdia Deus Para que em breve eu pudesse estar morto Eu abaixei minha cabeça Eu abaixei minha cabeça