12/05/2008

Soneto Sentimental à Cidade de São Paulo


Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta! - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia

Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e frígida.

Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera

Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?

Vinicius de Moraes

7 comentários:

Anônimo disse...

Legal o poema aí amigo!

Flá Romani... disse...

Eu simplesmente AMO a cidade que eu moro..... São Paulo

São palavras... disse...

São Paulo conheço por fotos
e agora, muitos carros e congestionamentos via jornais televisivos...

Há quem goste, claro.
a terrinha que a gente nasce é um botão que brotamos bem cedo.

beijo!

Anônimo disse...

Ta massa! Agora faz um pra minha querida terra, o Piauí.ok?rs..

Victor Stifler disse...

A cidade que não para
A cidade de todos
A cidade da noite
A cidade do samba, do rock, do axé

Essa é São Paulo, a terra da gároa!

gostei do poema

bom, bom, bom!

Vinicius de moraes né?

a foto ta bonta também


essa selva de pedra que tanto me orgulho

abraços

http://urbantripbr.blogspot.com/

DaniCabrera disse...

Selva de Pedra, boa definição!
Mas, selvas a parte...
Meu Rio também é tudo de bom!

Fernando Gomes disse...

Vinícius né..
um dos melhores que o Brasil já teve.
Pena que não é tão valorizado pela nossa sociedade..

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And I Said Goddamn!