22/05/2009
Garçonete
Era um bar comum, numa rua de São Paulo, com Cake tocando no rádio, flyers colados na parede, risos e cigarros. Sentei-me ao balcão.
Atendeu-me vestindo um espartilho preto e seus seios pulavam em direção aos meus olhos.
Tinha tatuada no braço esquerdo uma pin-up que bem poderia ser Dona Maria Padilha (Salve Pomba Gira!).
Seus seios eram copos de leite fartos, sua cintura era fina como se fosse a América Central unindo exuberantes continentes e suas ancas, redondas sob o jeans baixo, bailavam entre as mesas, enquanto ela atendia aos pagãos.
Sabia que a cobiçava e parecia divertir-se com isso.
Por vezes, cruzava o olhar com o meu e provocando, me encarava a alma, sorrindo maliciosa, antes de levar a cerveja à mesa ao lado.
E quando eu menos esperava, ela abraçou a dona do bar e lhe deu um beijo úmido, intenso e apaixonado. "Vou jantar." Olhou pra mim e sorriu, antes de sumir cozinha adentro.
Fiquei congelado alguns minutos, mudo.
Paguei a conta e saí. Sabia que tinha visto Nefertiti em sua forma mais bela.
EDNALDO TORRES FELICIO
maio/2009
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Um comentário:
Cara isso naum eh vida real eh ???
Nossa paraece um sonho
abrcaum
Juh
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